Portugal 'apetecível' para terroristas
10 July 2011
Jornal de Notícias
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Weapons to the IRA
The President of the Observatory on Security, Organized Crime and Terrorism (OSCOT) yesterday told the Lusa agency that makes Portugal a peripheral location "attractive" to operations of terrorist groups.
José Manuel Anes commented on the arrest by the Judicial Police (PJ) , yesterday, in Olhão, two elements of an alleged breakaway faction of the Irish Republican Army (IRA) the IRA, self-titled Real.
The Irish were arrested when they bought ten guns and 250 ammunition to an intermediary Portuguese who was also arrested. Other Irish terrorist movements may be involved in the same case. The suspects are all in custody.
The research, which is not over, was initiated by the Central Directorate for Investigation and Prosecution Unit which involved the National Counter-Terrorism PJ at the request of British authorities.
"We are in a peripheral area that is desirable. It is no less under surveillance. Clearly they know that we do not have terrorism on the first page of our security agenda, but there has been a minimum of international cooperation and attention of our authorities to able to hold these individuals and dismantle these groups will be established around here, "said José Manuel Anes.
"There is always a collaboration of national or other logistical support in these activities, purchase arms, get money to terrorist networks. In this case, the broker was arrested Portuguese trafficking because the relationship between terrorism and organized trafficking is one thing that there is more, "said José Manuel Anes.
"We are not the target for now and hopefully will never be. But even if not subject to any attack, we need solidarity and cooperation to the countries that are," he said.
ORIGINAL IN PORTUGUESE:
Portugal 'apetecível' para terroristas
10 July 2011
Jornal de Notícias
Armas para o IRA
O presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT( disse ontem à agência Lusa que a localização periférica torna Portugal "apetecível" para operações de grupos terroristas.
José Manuel Anes comentava a detenção pela Polícia Judiciária (PJ(, anteontem, em Olhão, de dois presumíveis elementos de uma facção dissidente do Exército Republicano Irlandês (IRA(, o auto-intitulado IRA-Verdadeiro.
Os irlandeses foram detidos quando compravam dez armas e 250 munições a um intermediário português que também foi detido. Outros movimentos terroristas irlandeses poderão estar envolvidos no mesmo caso. Os suspeitos estão todos em prisão preventiva.
A investigação, que ainda não terminou, foi iniciada pela Direcção Central de Investigação e Acção Penal e que envolveu a Unidade Nacional de Combate ao Terrorismo da PJ, a pedido das autoridades britânicas.
"Estamos numa zona periférica que é apetecível. Não é por termos menos vigilância. É evidente que eles sabem que não temos o terrorismo na primeira página da nossa agenda de segurança, mas tem havido um mínimo de cooperação internacional e de atenção das nossas autoridades para poder deter estes indivíduos e desmantelar estes grupos que por cá se vão estabelecendo", disse José Manuel Anes.
"Há sempre colaboração de um ou outro nacional nestas actividades de apoio logístico, de compra de armas, de conseguir dinheiro para as redes terroristas. Neste caso, foi preso o intermediário português do tráfico porque a relação entre o terrorismo e o tráfico organizado é uma coisa que se verifica cada vez mais", disse José Manuel Anes.
"Não somos alvo para já e esperemos que nunca sejamos. Mas mesmo não sendo alvo de algum atentado, devemos solidariedade e cooperação aos países que são", sublinhou.
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